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Acervo como base para documentários musicais

  • Foto do escritor: arenadaniel
    arenadaniel
  • há 4 dias
  • 3 min de leitura

Atualizado: há 24 minutos

Conversa no sábado (20), reuniu Loli Menezes, Roberto Panarotto e Marcos Espíndola


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Um bate-papo sobre gênese dos documentários musicais reuniu Loli Menezes, da Vinil Filmes e Roberto Panorotto, da banda Repolho e Irmãos Panarotto, de Chapecó, os dois realizadores audiovisuais e músicos, e o jornalista Marcos Espíndola na Mostra CineSonora.


Marcos Espíndola, que cobre cultura em Santa Catarina há bastante tempo, disse que é um prazer acompanhar a cena audiovisual e ainda mais quando se junta à música, e lembrou que Loli e Roberto foram fundamentais para documentar a música catarinense. “Os casos de vocês são bem singulares e regionais, e trazem muito do que se criou lá atrás, o fato de fazerem seus próprios vídeos, divulgarem as questões relacionadas à cena cultural e musical das cidades a partir desses registros”, salientou.

“Eu e o Marko Martins (criador com ela da Vinil Filmes) ainda na faculdade a gente fazia videoclipes de bandas catarinenses como Pipodélica e Superbug. Daí entregávamos os clipes pra eles, ficavam muito surpresos”, contou. Depois, com a Vinil, realizaram documentários como Bolachas, sobre a história do rock em Santa Catarina, e Ilha 70, série sobre Florianópolis na década de 1970. 

A série Kombinado, em que músicos fazem sessões numa Kombi em movimento, nasceu em parceria com Marcos Espíndola, lembrou Loli, e teve um episódio com os irmãos Panarotto. Um dos trabalhos mais recentes da produtora é um documentário sobre o sambista gaúcho Túlio Piva.

Já Roberto Panarotto começou cedo a fazer videoclipes para bandas de Chapecó e para sua própria, Repolho, criada em 1991 e ainda na ativa. Mais tarde vieram clipes para artistas como Wander Wildner e Júpiter Maçã. “Mas tudo isso era muito nessas movimentações de fazer algo junto. Depois passei a produzir alguns filmes autorais, até que surgiu essa oportunidade de fazer o Essência Interior, sobre o Júpiter-Maçã”.

Ele se identifica como um acumulador audiovisual, fato que resultou num acervo significativo. “Comecei a gravar um show porque achava que só ia ter um. Daí vamos gravar o segundo, vamos participar do programa de TV. Grava porque vai ficar pra gente mostrar. Quando vi eu tinha um acervo bastante grande de materiais. Aí vem essa questão de pensar o que é o cinema. O cinema é pegar esse acervo e dar uma narrativa”, considerou. 

Loli também lembrou que ganhou uma menção honrosa da Mostra.doc, de Joaçaba, em parceria com a Cinemateca do MAM-Rio, para digitalizar mais de 400 horas de materiais gravados ao longo dos anos.

O acervo também é a base do filme Essência Interior, sobre o power trio entre Júpiter Maçã (Flávio Basso), Marcelo Gross e Júlio Cascaes, entre final de 1996 até início de 1999, exibido na Mostra no sábado. Panarotto conheceu Júpiter Maçã há anos. Os dois ficaram amigos e ele visitou Chapecó muitas vezes ao longo dos anos, até o falecimento, em 2015.

“Encontrei o Marcelo Gross, ainda antes da pandemia, e aí a gente falou desse momento como sendo uma das fases mais criativas do Júpiter Maçã e como que a gente poderia fazer para trazer isso à tona. Então começou de uma maneira informal, ele trouxe uma fita e eu outra, encontramos pessoas que tinham mais materiais daquela fase, e realizamos o filme”, contou.


Proposta executada pelo Governo do Estado de Santa Catarina, por meio da Fundação Catarinense de Cultura (FCC), com recursos do Governo Federal e da Política Nacional Aldir Blanc.


Mais informações: @cinesonora / www.cinesonora.com

Contato: Barbara Pettres – (48) 99926-6429

 
 
 

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